quinta-feira, 9 de maio de 2013

Baiano arrisca a vida há 40 anos nas ruas da capital


Crédito: ArtesUrbanas.com
Conhecido como saltador de facas, ou por Baiano, como gosta de ser chamado , esta personalidade é uma identidade das apresentações de rua no Centro de Florianópolis. Com objetos simples, um aro de bicicleta e 18 facas de churrasco, há 40 anos Baiano faz sua renda saltando e arrancando suspiros das plateias urbanas.

Há 30 anos morando em Florianópolis, casado e pai de quatro filhos, os saltos sugiram na vida dele como necessidade. A ideia era simples, mas arriscada: fazer uma apresentação com espírito circense, nas ruas e com itens de baixo custo. Quatro décadas depois, Baiano coleciona saltos, acidentes, histórias e público.

Aglomerações nas ruas do Centro sempre remetem a esta figura, que aprimorou suas técnicas de prender a atenção do público e criou uma apresentação completa que une piadas, rezas e a garantia de pagamento pelo espetáculo. Cada show tem dois saltos, um simples e um com alvo, em que o objetivo é cair em um ponto determinado. O início inclui um discurso com 15 minutos de fala, que objetiva reunir o público e vender um tipo de pomada para todos os tipos de enfermidades, como dor, circulação e problemas de pele. Cada lata de 50g custa R$ 5 e um kit com três, R$ 10.

Crédito: ArtesUrbanas.com
Baiano diz que compra o produto no Mercado Público de São Paulo e que é um item artesanal. Apesar da tentativa de diversificar os negócios, muitos vão embora antes do salto, devido a demora. Mesmo assim, vendeu três pomadas no dia.

Antes de pular, Baiano tira o microfone, alonga-se e pede o pagamento adiantado, que nesta apresentação, foi de aproximadamente R$ 7. Após reunir o dinheiro, faz o primeiro salto, pede mais dinheiro e salta de novo.

Crédito: ArtesUrbanas.com
Como toda apresentação que envolve adrenalina,  erros são quase inevitáveis. O saltador já errou diversas vezes. O último acidente foi em dezembro de 2012, quando ele foi parar no hospital com uma faca presa na perna. Antes deste acidente estava há 2 anos sem errar, mas para ele o risco faz parte.

Baiano também viaja pelo país, convidado para eventos, mas os cenários da Ilha da Magia, são os que mais lhe agradam. Saltar em locais como a rua Felipe Schmidt, o Camelódromo e o Mercado Público, são mais uma motivação.

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